EPÍLOGO

SDB30042018

TEXTO BY HARRY HALLER [GHOST WRITER]

Dessa vez venho aqui, na minha provável última aparição, que nem eu sei, mas provavelmente fruto de alguma mente insana, delirante e quem sabe até mesmo soberba – para se julgar no direito de falar por mim, como se isso fosse possível, como se de fato eu tivesse mesmo aqui, mas… o que levanta uma dúvida: se eu sei que ele está falando o que eu falaria, não seria realmente o caso de que eu estou realmente falando por ele ou será apenas devaneios dele? Quem é ele? A vida desse lado aqui é engraçada: muito mais perguntas sem respostas, que se imagina, que se supõe a vossa vã filosofia…

Esqueçamos disso, o fato é que o que vamos falar aqui, são adaptações de pensamentos antigos, de outros pensadores – além do mais eu jamais ousaria me colocar na galeria dos pensadores da humanidade. Sou ou fui apenas um legítimo observador das experiências humanas, que aprendeu muito mais empiricamente, que através dos registros científicos da época que eu vivi ou mesmo das épocas que mesmo pós morte, também pude acompanhar: em resumo, como no meu livro diz, nunca passei de um velho solitário moribundo que se auto intitulava Lobo da Estepe.

Peço antecipadamente desculpas pelo tamanho do texto, dessa vez um tanto maior, mas são pensamentos  não meus, mas sim de verdadeiros pensadores, adaptados por essa  soberba dupla: eu e ele (H.H. e o louco que me dá voz). Um adendo: uns chamariam o louco de louco mesmo, assim como eu mesmo o faço, outros de profeta, médium, oráculo, etc.

Pois então que seja… vamos ao que já foi dito sobre o fim:

O fim é a inspiração da filosofia, a criação de conteúdo. Em resumo, que você viu postado aqui até agora, o fim que você vê e talvez lamente agora, não fosse esse momento, talvez nada disso tivesse existido, porque inconscientemente esse momento foi o que inspirou todos os anteriores. Um velho chamado Arthur, mais conhecido com Schopenhauer que disse isso.. não preciso dizer, que, claro, com outras palavras.

Sócrates disse que o fim é que o antecede a escrita. Há, é claro, uma forma rasa de entender isso: Quando começamos a escrever, dissertar, filosofar sobre algo, obviamente sabemos que aquele texto ali vai ter um fim. Esse fim é justamente a criação da preparação do argumento. Sendo repetitivo, o próprio fim, é o que nos prepara para escrever. Pensando de forma mais abrangente, sem a certeza do fim, seria difícil que sequer  tivéssemos  começado essa empreitada. Não só eu, renascido da morte, como os demais colegas colaboradores que tanto  abrilhantaram esse canal, sem modéstia ou falsa modéstia alguma, eles, sem dúvida muito mais que eu – aí o maluco aqui me corrige: que nós (nós no caso, eu e ele).

Apesar de Nietzsche dizer que o fim é o acaso mais radical. Sem esse “acaso” não exisitiria o início, tampouco os “meios”. Considerando as premissas apresentadas nos dois parágrafos acima. Na verdade, só citei o velho Friedrich aqui, por uma questão afetiva muito pessoal que tenho com ele, não queria que esse texto passasse sem essa citação dele. Não por considerá-la imprescindível, mas por considerá-lo alguém muito digno de ser homenageável.

Fechando a parte dos pensadores e – pelo que me lembre – o que mais se aproxima do nosso sentimento ao encerrarmos esse ciclo aqui nesse canal, cito Montaigne que nos dá uma boa, positiva e esperançosa forma de enxergar o fim, que no fim, reflete o sentimento de todos – ou quase todos – os  colaboradores, idealizadores desse seletamente bem frequentado espaço de leituras e debates virtuais:

Refletir sobre o fim, é refletir sobre a liberdade!

E no fim (nossa, quantas vezes citamos “fim” aqui) o espaço virtual não vai ser apagado, tudo que já foi escrito um dia aqui, aqui continuará, estará espera-se registrado para a posteridade.

Quem já nos conhecia de antes, a hora que quiser, é só voltar e rever, reler… quem não conhecia, com essas postagens ensaiadas de fim, agora, para estes, pode ser apenas o começo. Pode ser o começo de uma nova relação de reflexões, buscas no blog e algumas boas leituras, e talvez, ainda cético, não acreditando, após revirar o blog todo, ele acabe voltando aqui nesse exato ponto e perceba que, sim, acabou e sinta a mesma sensação – boa, ruim, de indiferença, de alívio ou liberdade – que você caro leitor está sentindo.

Eu, Harry Haller, particularmente, com o fim que se anuncia, se consolida, fico sim com a sensação de liberdade. Posso voltar pra onde estava e a mente doentia por trás de mim – ou da qual eu estou por trás – vai poder finalmente se livrar de mim. Afinal de contas me representar é muita responsabilidade.  Que ele descanse em paz!

Que vocês sejam livres, que vocês viagem por novos caminhos, conheçam novas realidades, encontrem novas conquistas, evoluam, cresçam, progridam… mas quando sentirem saudades, estaremos sempre aqui.

Porque o que é feito com carinho, amor, competência e dedicação:  triunfa! O nosso triunfo, ainda que em pouco tempo, mas por tanto amor, por tanta dedicação, tanta paixão, tanta competência exposta nos textos que construíram a história desse blog, não sobra outro lugar para todos nós aqui, se não a eternidade! Estaremos vivos eternamente no coração de cada um de vós que nos acompanhou por todo esse tempo e repito: tudo que fizemos nesse tempo, aqui ficará sempre registrado, catalogado, arquivado!

Portanto, nada de chorar, nem de soltar fogos… é só uma questão de liberdade, cada um aqui vai seguir seu caminho, eu vou seguir o meu e a vida prossegue! Obrigado e parabéns para todos nós!

#SacadaDaBibliotecaVIVE! #umsalveparaHermmannHesse

HARRY HALLER
02/05/2018
>SOBRE O AUTOR
Eu posso ser qualquer um dos que compõe o elenco do blog ou não ser nenhum deles (o que é o mais provável). Mas posso também lhe assegurar, citando Pessoa, que “eu não sou eu, nem sou o outro, sou qualquer coisa de intermédio…”
autor-harry-haller

UM DIA DO CAÇADOR O OUTRO DA CAÇA

SDB28042018

TEXTO BY HEART’S HUNTER [GHOST WRITER]

Estava começando mais um dia, que tinha tudo para ser um dia normal, sem nenhum acontecimento especial, mas lá estava ele no elevador, cheiroso, recém saído do banho e aquele suave “bom dia” me fez prestar atenção naquele homem alto, branco, cabelos lisos, ele usava roupa social e uma gravata – ah! aquela gravata! As pernas grossas delicadamente disfarçadas na calça social, ela o desejou ali mesmo, seus pensamentos foram longe, tão longe que quase esqueceu de lhe retribuir o “Bom dia”.

Depois daquele encontro no elevador e após alguns dias sem encontrá-lo, eis que, numa madrugada, eles se reencontraram e se entregaram a uma longa conversa, com assuntos diversos. Ela distraiu-se diversas vezes, perdida naquele sorriso lindo, sincero, muito embora as palavras dele tenham expressado uma agressiva investida em “algo mais” além daquela conversa, o desejo era recíproco. Passados alguns dias após a troca de telefones e longas conversas, marcaram um encontro longe dos holofotes daquele lugar. Tê-lo na cama foi algo indescritível, totalmente despidos de pudores, medos ou dúvidas, entregaram-se ao prazer máximo.

“Um dia encontrei você, um alvo para alguns encontros furtivos, despretensiosos, prazerosos, o qual desejei profundamente”. Esse era o pensamento dela, as reais intenções, as quais sempre foram colocadas às claras para ele.

Os encontros tornaram-se mais intensos, mais cheios de carinho, tesão. Havia cumplicidade e amizade, ia muito além da cama. O pensamento de que eram apenas encontros furtivos foi por água abaixo, quando o coração dela bateu mais acelerado, o querer mais tornou-se intenso e incontrolável, vem à mente: “Um dia do caçador, outro dia é da caça”, e foi assim que ela se entregou aquela paixão. Entender que não o terá só para ela, a faz querer, ainda mais, estar com ele. Colocar um fim não é fácil, não está sendo fácil para ela, mas faz-se necessário, ela tem sede de sexo, de prazer, de sentir calor, sentir prazer sem limites e misturar esses desejos com amor, não combina, alguém sempre sai machucado e muito. Novas caças, novos prazeres, novos amores, novos caminhos, novas descobertas virão.

“O caminho mais curto para a felicidade é a liberdade de poder amar e libertar-se de alguém por amor”. (Heart’s Hunter)

Seguindo em frente…

HEART’S HUNTER [GHOST WRITER]
28/04/2018

>SOBRE A AUTORA
Uma autora intensa, sem pudor, sem regras, sem leis…
Cuidado! Ela pode perturbar a sua mente, usar seu corpo e destruir seu coração! Não duvide disso!
AUTORA HEART_S HUNTER

A IRREFUTÁVEL IMPERMANÊNCIA…

SDB23042018

TEXTO BY ANGELA OLIVEIRA

O fim, o fim em si mesmo, o fim para o recomeço… alguns fins nunca saberemos quando chegarão e quais consequências trarão. A nossa própria vida está ancorada na impermanência. A consequência disso é saber que nada é para sempre. Com efeito, esteja presente no agora que é o que de fato existe e deve ser exaurido, observado, degustado, experienciado, manipulado, vivido…

O fim é somente uma consequência do caminho que foi trilhado, do que foi construído, do que foi explorado, do que foi permitido, do que foi deixado de lado… finais felizes, finais não tão bons, finais mal-acabados… qual o final que você quer? Saiba que nesse exato momento você está indo em direção a ele e qual será o seu legado???

O fim sempre chega!!!!

ANGELA OLIVEIRA
23/04/2018

P.S.: Deixo aqui registrada minha gratidão pela experiência e pela paciência de quem leu!!!

>SOBRE A AUTORA
Tenho duas graduações, três pós, um mestrado, mas nada disso me define. O que me define mesmo é a minha gargalhada, dizem que posso ser reconhecida quando alguém ouve… Gosto disso, de ser lembrada pela alegria. No mais, sou tranquila, do bem, da paz, procurando sempre melhorar a lida com a vida, comigo mesmo, com as circunstâncias que me emparedam, tudo isso pra evoluir, do contrário  tudo seria em vão.
AUTORA ANGELA OLIVEIRA

A PÁGINA EM BRANCO: O NADA

SDB16042018

Este Blog convidou todos os seus autores e autoras para escreverem um texto com o tema “FIM”… O convidado(a) dessa semana, como se costuma dizer, não deu sinal de vida, muito provavelmente (supomos), nos apresentou esta página em branco como a sua colaboração, afinal, uma das representações do fim, pode muito bem ser o nada… A série derradeira de textos do Blog, com o mesmo tema, continua na próxima semana…

SACADA DA BIBLIOTECA
16/04/2018

QUANDO O FIM CHEGA

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TEXTO BY CAMILA CORREIA

Quando será o amanhã?

Quando será o fim?

O que é o fim?

Você está preparado para o fim?

Acostumamo-nos à rotina da vida corrida, sem tempo para nada, sem tempo, inclusive, para amar aqueles que estão ao nosso lado. Deixamos o amor para quando tivermos tempo, para quando for conveniente. Quando alguém se vai, deixa-nos as saudades dos melhores momentos. Fico me perguntando: – Que melhores momentos, pois sempre estávamos ocupados?

Sabe aquele beijo de vó que você não deu? Aquele abraço apertado no amigo? O colo da sua mãe? O sorriso sincero do seu pai? Não deixe para quando você tiver tempo, faça-o agora!

O fim, quando vem, não manda convites e acaba por nos tornar mal educados, nos faz cancelar aquele jantar com amigos, aquela viagem planejada, aquela festa incrível, aquele compromisso inadiável. O tempo aparece para o encontro com o “fim”.

Apreciar a vida enquanto ainda estamos vivendo é o maior desafio, em tempos de internet, redes sociais, mundo virtual, mensagens copiadas de amor, motivação ou orações de efeito.

Seja autêntico, seja você.
Seja intenso, esteja vivo.
Esteja presente, seja presente.
Ame, faça-se amado.
Abra seu coração para você mesmo. VIVA!
A vida passa tão rápido, que de repente nem para as lembranças você terá mais tempo.

Na rota da vida, aproveite cada estação em que o trem parar, conheça pessoas, aproveite oportunidades, conviva mais com sua família, ame seu filho, seus pais, abrace, beije, ame. Entregue-se de corpo e alma para você mesmo, enquanto você tem corpo. Mergulhe dentro de você e reflita.

Como diz a música:

Segura teu filho no colo
Sorria e abraça os teus pais enquanto estão aqui
Que a vida é trem bala, parceiro
E a gente é só passageiro prestes a partir” (Ana Vilela – Trem bala)

Não pense muito, VIVA!
Não pare, CONTINUE!
Não corra tanto, RESPIRE!
Não procrastine, EXECUTE!
Só você sabe o caminho, SIGA SEMPRE EM FRENTE!

“Nunca troque o que mais quer na vida por aquilo que quer no momento. Momentos passam, a vida continua”.

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CAMILA CORREIA
09/04/2018

>SOBRE A AUTORA
Formada em Direito, apenas bacharel, pois advogar não está em seus planos. Uma sonhadora convicta, apaixonada pela vida e uma amiga fiel. Um diamante bruto na essência e feliz por excelência.
autora-camila-correia

O FIM

SDB02042018

TEXTO BY VALERIA RAMOS

O fim não precisa ser sempre triste, não se faz necessário drama, circo ou teatro por ter chegado ao fim. Para ter chegado ao fim, precisou-se de um começo, e se o começo foi bom, agradeça por ter chegado e concluído uma história.

Vejo pessoas dizendo: Maria se separou, que triste! Triste porque? Se teve uma história, criaram-se raízes até aqui. Que saibamos cuidar e regar tudo o que ficou.  Se o fim se fez necessário, que seja bom, que seja eterno ou não. Que apenas seja o fim.

O fim é a chave mais importante de tudo, pois uma hora, tudo vai se fazer do fim!  Vamos parar de chorar, e sorrir por ter concluído mais uma etapa dessa vida, que uma hora também vai ter fim e o final vai depender do hoje. O que você tem feito pelo seu fim?

VALERIA RAMOS
02/04/2018

>SOBRE A AUTORA
Sou tantas coisas. Já fui pouco, já fui muito e já soube até encontrar o equilíbrio. Hoje sou a mãe do Eric, um menino lindo de pernas compridas. Sou apaixonada pela vida, já fiz teatro,  já fiz dança, já fiz cinema,  já cursei enfermagem. Tranquei assim que começou o estágio,  definitivamente aquilo não era pra mim,  acho lindo quem consegue,  mas não consigo olhar a dor do outro sem que ela me torture um pouco. Isso é um pouco do tudo e nada que já fui e sou!! Não sei ser meio termo, ou é quente ou é frio,  gosto assim!  Sou assim!!
autora-valeria-ramos

REFLEXÃO SOBRE O FIM

SDB26032018

TEXTO BY NÁDIA DIAS

O grande Cartola (os mais velhos saberão, quanto aos mais jovens… puff… Não lhes boto crença)… enfim, (o T-Rex pigarreia, ele detesta minhas divagações)… pois, enfim… o grande Cartola escreveu: “esquece nosso amor, vê se esquece. Porque tudo no mundo acontece. Acontece que eu não sei mais amar…” e por aí vai, explicando, sem sucesso, os por quês do fim das coisas. Sejam casamentos, casos ou blogs. Os finais são de dois tipos: retiradas estratégicas, ao som de Cartola cantado por Ney Matogrosso e a sutileza de dizer um adeus explicado, coerente, “não te amo, acho que nunca te amei, embora tentasse”… simples, direto e, até certo ponto, cruel, visto que do outro lado pode haver alguém a quem esse fim parecerá um fracasso, pessoal ou de outrem, dependendo de outros tantos fatores. Ou então, o fim é só “la morte lenta de las simple cosas” (Tejada – poeta chileno) , as coisas (e pessoas) queridas vão se perdendo no tempo, vão se diluindo em cores tristes e, onde havia pão e sol, restará tão somente a escuridão fria e estéril de onde se pode sair, ou não, por costume, preguiça, medo.

Há esses finais, que, embora úteis, nunca serão mais do que tristes, em virtude dos seres humanos perseguirem sempre uma eternidade que já possuem e ignoram. Raros são os que sabem que, ainda que o fim seja iminente, nada de fato termina, uma vez que existe, preso em alguma memória, enganchado num tijolo da casa demolida, num papel antigo esquecido em alguma gaveta, num túmulo de um cemitério qualquer.

O fato, é de crer-se, que o fim acontece, mas não de fato, uma vez que existiu. No FIM, talvez tenha razão Gardel (Volver – tango argentino) “tarde o temprano… siempre se volve ao primer amor”… É, seja lá o que for (amantes, blogs), a memória do homem resiste, o devolve ao início, para rir ou chorar. Ou, como disse o T-Rex, para chorar de tanto rir… tem razão, de novo, esse caríssimo dinossauro.

NÁDIA DIAS
26/03/2018

>SOBRE A AUTORA
Pedagoga, que veio ao mundo aprender com a vida. Que viu e vê tudo o que é possível, que elege o conhecimento como o objetivo de viver. Essa pessoa que se diverte.
AUTORA NADIA DIAS

VAMOS CURTIR O FIM!

SDB19032018

Existem uma série de representações que indicam o fim de algo…
Desde a placa dos acréscimos de tempo determinados pelo árbitro de um prosaico jogo de futebol, ao último suspiro de um corpo que acaba por sufocar-se perto de seu último respiro, em outras palavras, a morte propriamente dita…

A vida é feita de ciclos, que por vezes se fecham e isso é inevitável. Aquele cargo dos seus sonhos, que anos depois se transforma num tormento do qual você quer se livrar. Aquela vizinha gostosa que você deu um duro danado para convencer a namorar contigo, mas que agora você não suporta mais a presença, tamanho o desgaste do relacionamento entre os dois…

Aquele laço de amizade eterna que se quebra numa traição grave de confiança de parte a parte… Aquele projeto infalível, que deu origem a uma empresa que quebrou ao tentar abrir a sua primeira filial… Aquela ideia na área de tecnologia que iria quebrar paradigmas e que foi superada pelo app criado por um “Nerd” trancado num quartinho em Bertioga…

Precisamos aprender a lidar com o fim. Entender que tudo é finito. O que sentimos, o que temos, o que buscamos e que isso não é tão ruim assim. Que talvez esteja aí a graça da coisa toda, saber que tudo de bom e de ruim um dia terá fim, nos traz a possibilidade de olhar para o todo com mais leveza, mais tranquilidade, sem o peso de uma pressão que na verdade só existe na nossa cabeça. Vamos aprender a curtir o fim das coisas, das relações, das pessoas, até porque, mais cedo ou mais tarde chegará o nosso próprio derradeiro fim.

TADEU CASTRO
19/03/2018

> SOBRE O AUTOR
Um cara sem diplomas na parede (trancou o curso de jornalismo no segundo ano, ainda no século passado, por sentir uma certa claustrofobia no universo acadêmico). Não é, e nem pretende ser, especialista em coisa alguma (ser um especialista o limitaria). Trata-se apenas de um bom observador, nada mais do que isso, pois isso lhe basta e o faz um ser livre, seja no olhar, no pensar e no viver.
AUTOR TADEU CASTRO II

UM ANO

SDB12022018

TEXTO BY CAMILA CORREIA

Há um ano planejei uma viagem;
Há um ano encontrei você.
Há um ano fizemos amor,
Há um ano que não te vejo.

Aquele abraço aqueceu-me do frio,
Ainda sinto o gosto daquele beijo,
O sorriso que ilumina o vazio,
O mesmo que ficou depois de você.

A cama de casal ficou pequena,
Foi tudo tão intenso e verdadeiro,
depois a cama ficou grande sem você,
Eu te vi, eu te amei.

Hoje tento planejar outra viagem,
Hoje tento encontrar você,
A rotina nos leva por caminhos opostos,
Hoje meus olhos já não conseguem ver os seus.

Aquela doce lembrança ganhou um lugar
Tão especial quanto o brilho dos teus olhos,
Quando tua boca pôs-se a revelar:
“Eu te amo, eu sempre te amei”.

CAMILA CORREIA
12/03/2018

Este texto faz referencia ao texto “Nunca te vi, sempre te amei”, publicado neste mesmo blog (link abaixo)

https://sacadadabiblioteca.wordpress.com/2017/02/06/nunca-te-vi-sempre-te-amei/

>SOBRE A AUTORA
Formada em Direito, apenas bacharel, pois advogar não está em seus planos. Uma sonhadora convicta, apaixonada pela vida e uma amiga fiel. Um diamante bruto na essência e feliz por excelência.
autora-camila-correia

QUAL FUTURO NOS ESPERA?

SDB05032018

TEXTO BY ANGELA OLIVEIRA

Há muito tempo ouvia falar sobre o livro e tinha curiosidade de ver pra crer, ou melhor, ler pra crer!!! Confesso que fiquei deverasmente encantada por toda àquela loucura e li o livro em uma semana acho, fiquei com uma enorme vontade de dividir com as pessoas, queria fazer um resumo para dizer: olha o que foi dito em 1949 e é tão atual quanto chocante.

Mas não conseguia colocar em palavras o redemoinho de idéias que fervilhavam na minha cabeça. Foi quando me deparei com uma colocação feita por Erich Fromm, em 1961, acerca do livro: “O sentimento que expressa é de quase desespero acerca do futuro do homem, e a advertência é que, a menos que o curso da história se altere, os homens do mundo inteiro perderão suas qualidades mais humanas, tornar-se-ão autômatos, sem alma, e nem sequer terão consciência disso”. A colocação é de uma simplicidade e traduz com uma clareza perturbadora a sensação que se tem ao final da leitura. Fiquemos então com as palavras de Erich.

Tendo como base essa noção que a obra impõe, podemos dizer que é uma utopia negativa impregnada de desesperança. O que será do homem em razão do próprio homem??!!! Teria sido uma profecia, um tiro no escuro? O fato é que não há como negar a fratura, o rompimento nos valores, no senso crítico, no bom senso (em todos os níveis de interação social).  As  pessoas estão sendo levadas à reboque. O “questionar” está sucumbindo à aceitação tácita. Vivemos a era do mimetismo, da plasticidade, do imagético. As pessoas estão sendo manipuladas subliminarmente e estão indo, não sabem pra onde, e nem se querem mesmo ir!!!

Quem em algum momento não parou e se perguntou: o que está acontecendo com os seres humanos? Estamos nos perdendo!!! O que será da humanidade? O homem evoluiu é fato; obteve grandes conquistas; deu saltos qualitativos, mas como se diz ironicamente hoje nas redes sociais: “não está sabendo lidar com isso”.

ANGELA OLIVEIRA
04/03/2018

Livro: 1984
Autor: George Orwell (1903 – 1950)
Ano: 1949

Editora: Secker and Warburg
Páginas: 326

>SOBRE A AUTORA
Tenho duas graduações, três pós, um mestrado, mas nada disso me define. O que me define mesmo é a minha gargalhada, dizem que posso ser reconhecida quando alguém ouve… Gosto disso, de ser lembrada pela alegria. No mais, sou tranquila, do bem, da paz, procurando sempre melhorar a lida com a vida, comigo mesmo, com as circunstâncias que me emparedam, tudo isso pra evoluir, do contrário  tudo seria em vão.
AUTORA ANGELA OLIVEIRA